Evolução regional. É desta forma que representantes de municípios da região classificam a chegada da Transforma Energia ao conhecerem, no último sábado (22), o complexo industrial de recebimento de resíduos implantado em Caiabu. Apta a participar de licitações, a empresa já conta com duas plantas em funcionamento.
“A primeira palavra que traduz tudo é evolução. Caiabu nunca teve uma empresa conceituada, como a Transforma, que será a primeira para nós. Se tratando de resíduos, que é um grande problema para todos da região, queremos fazer a destinação certa do lixo. A chegada da empresa será de grande valia. O município de Caiabu vai evoluir”, comenta a prefeita de Caiabu, Suelen Mative.
A Transforma Energia é a primeira empresa brasileira a desenvolver um projeto que atende 100% do novo marco regulatório de tratamento e destinação final de resíduos. “O município será referência para um tema que é tão complexo, como a destinação correta do resíduo e educação ambiental. Vamos ter um marco em Caiabu”, acredita.
“A cidade já tem apontamentos muito grandes quanto a destinação dos nossos resíduos. Estamos já com uma demanda gritante. Sem contar que, em muitas vezes, não podem ser encaminhados restos de construção e podas de árvores. A implantação da empresa vai desafogar a demanda do Poder Público, dar a destinação correta a esses materiais”, pontua.
Já o prefeito de Indiana, Wheslen Thiego Scaione Cachoeira (Canarinho Jr), aponta a viabilidade econômica diante dos desafios enfrentados para manter o aterro municipal em funcionamento.
“É de suma importância esse empreendimento, pois é uma empresa bem estruturada e atenderá as cidades da região. É bom pela questão de empregabilidade também. Quando assumi [neste ano], o aterro sanitário estava interditado. Agora, conseguimos liberar, porém, com a chegada da empresa, fica muito mais viável transbordando os nossos resíduos para cá”, analisa.
Ao atender as necessidades dos municípios em sua totalidade, o Centro de Valorização de Resíduos da Transforma Energia é visto como a melhor alternativa ante o dispendioso investimento público em aterros sanitários, segundo o diretor de Meio Ambiente de Martinópolis, Victor Hugo Osório.
“Hoje, os três municípios [Caiabu, Indiana e Martinópolis] sofrem muito com a parte do descarte dos resíduos, pois com a mudança na política de resíduos o antigo aterro em vala não atende mais as necessidades. As cidades que estão aderindo a esse programa precisam ter uma outra alternativa, uma delas seria a criação de um aterro sanitário, só que demanda uma grande área trazendo junto outros prejuízos aos municípios”, fala.
Osório vê o problema com o descarte de resíduos tornar-se solução. “Uma empresa como a Transforma Energia consegue nos atender em sua totalidade no descarte desses resíduos. Um exemplo é a parte de resíduos orgânicos, que podem se tornar adubo e voltar para o ambiente. Na parte de recicláveis, volta pela logística reversa ou é transformado em energia; o material de construção civil pode ser reaproveitado voltando para o próprio setor de obras ou manutenção de estradas”, descreve.
Em operação
De acordo com o diretor-presidente da Transforma Energia, Felipe Barroso, duas plantas industriais já entraram em operação. “A planta de grandes volumes, com capacidade de 20 toneladas por hora, e a planta de resíduos de construção civil, com capacidade de 75 toneladas por hora, já estão em operação comercial. Ou seja, já temos a oportunidade de receber os resíduos”, revela.
“E a planta de resíduos sólidos urbanos, além dos aterros sanitários que vão receber o rejeito dessas plantas, já estão em licenciamento com a expectativa de iniciar a operação a partir de janeiro de 2022. O complexo todo estará operacionando com capacidade de 700 toneladas por dia a partir do ano que vem”, projeta.
Cuidado com o meio ambiente
Barroso destaca que o empreendimento será transformado futuramente em um Centro Industrial de Sustentabilidade. “A empresa já foi concebida para atender a 100% do Marco Regulatório de Saneamento. Então, todo material que chegar vai ser processado, reaproveitado e reutilizado. A ideia é que aqui se transforme em um centro industrial de sustentabilidade”, frisa.
“Todo aspecto socioambiental está sendo levado em conta nesse empreendimento”, finaliza.