Classificado como modelo sustentável, o complexo industrial da Transforma Energia chamou a atenção dos docentes do curso de pós-graduação de Engenharia Urbana da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), tornando-se campo de estudo de alunos da disciplina de gerenciamento de resíduos sólidos urbanos.
Nesta sexta-feira (23), os estudantes realizaram uma visita técnica nas plantas industriais da empresa, localizada na cidade de Caiabu – 20 km de Presidente Prudente. Acompanhados pela engenheira ambiental da Transforma Energia, Nelissa Garcia Balarim, eles vivenciaram na prática como ocorre o processo de recebimento e processamento de resíduos de construção civil e de grandes volumes, além de conhecerem as obras de implantação de estação de transbordo.
“Ao longo da matéria, eles precisam entender como funciona o gerenciamento dos resíduos em todas as cadeias. E uma das etapas fundamentais do gerenciamento é o tratamento e destinação final. A Transforma Energia entrou para exemplificar de maneira muito bacana esse processo de tratamento de resíduos para que os alunos compreendessem na prática a alternativa que nós temos para fazer o correto em relação a tratamento e destinação dos rejeitos”, comenta a professora doutora em Ciências dos Materiais, Leila Maria Sotocorno e Silva.
De acordo com ela, a matéria propicia que os alunos estudem todo o processo de resíduos sólidos urbanos, a diferença entre eles, além de todas as maneiras de maximizar o reaproveitamento de resíduos e evitar o descarte irregular no meio ambiente.
“A gente vê muito forte aqui na Transforma Energia o tanto que o conhecimento teórico tem auxiliado em busca de alternativas para trazer melhores resultados na questão de resíduos e geração de energia, principalmente para a melhoria na qualidade de vida e meio ambiente”, opina Leila Sotocorno.
Abrindo horizontes
Para a arquiteta e estudante do curso de pós-graduação, Bárbara Silva, a visita possibilitou uma ‘abertura de horizontes’ sobre as possibilidades existentes no tratamento de resíduos sólidos. “A gente consegue ter mais noção das possibilidades existentes no tratamento dos resíduos. Tudo o que é novidade vem para auxiliar por um futuro melhor através de bons exemplos. É fora de escala o modelo implantado aqui”, cita, ao mostrar surpresa com a grandiosidade do complexo industrial.
“Gosto da ideia de trabalhar com resíduos sólidos por uma cidade mais limpa. Não adianta apostar em campanha de redução de resíduos caso não tenha para onde levar o restante. Saber onde será a destinação final dá um norte para trabalhar a questão ambiental como um todo”, aposta.
Auxiliando a solucionar problemas
Na visão da docente Leila Sotocorno, a engenharia pode auxiliar de diversas formas, tanto empresas como municípios, na busca por soluções eficientes no gerenciamento de resíduos sólidos urbanos.
“Fazer engenharia é tentar solucionar problemas. Então, acredito que ela vá auxiliar dentro das etapas de planejamento do processo operacional de tratamento, além de estar presente na etapa de destinação visando a tomada de decisão para que sejam encontradas as melhores maneiras de que esse resíduo não se torne rejeito”, fala.
Ou seja, a matéria entra na forma de pesquisa e planejamento abordando temas como transbordo, tratamento e destinação final de resíduos. “O objetivo das disciplinas na pós-graduação é sempre fazer com que os estudantes percebam a importância de colocar todo seu conhecimento teórico em favor da população de uma maneira prática, fazendo que tenha benefícios e que esses sejam levados para toda população”, finaliza.
A Transforma Energia
Um dos mais modernos complexos industriais de recebimento de resíduos do país, a Transforma Energia é a primeira empresa brasileira a desenvolver um projeto que atende em 100% o novo marco regulatório de tratamento e destinação final de resíduos.
A empresa trabalha simultaneamente em três frentes: construção civil, grandes volumes e resíduos sólidos urbanos. Com isso, abrindo a possibilidade de atender diversos segmentos – públicos ou privados – ao mesmo tempo.
Atualmente, já opera comercialmente por meio da Planta de Grandes Volumes, com capacidade de 20 toneladas por hora, e a Planta de Resíduos de Construção Civil, com capacidade de 75 toneladas por hora.
A projeção é de colocar a Planta de Resíduos Sólidos Urbanos em operação até janeiro de 2022. A Transforma Energia já está apta a participar de licitações para a recepção de grandes volumes e de resíduos de construção civil.
Nos próximos meses, também contará com uma unidade de transbordo com capacidade de recebimento de 480 toneladas por dia.
O empreendimento segue todas as normas ambientais e áreas, com localização estratégica que vai de encontro com as diretrizes estabelecidas pelo Plano Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PIGIRS), que serve como guia principal para a tomada de decisões do Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos do Oeste Paulista (Cirsop), formado por 11 municípios da região.